O coletivo é formado por três artistas visuais, a vontade em formar um coletivo partiu da integrante Raabe, que há algum tempo pesquisa em sua obra a memória e os costumes do bairro onde mora (Cohab II – Itaquera). Com a bagagem de dois anos no coletivo ZL 100 Registro, e com o contato com vários produtores culturais das quebradas da Leste, Raabe decidiu partir para um projeto solo, onde pode apresentar sua primeira exposição individual. A partir dessa exposição as conversas com Filipe Monteiro sobre as “pequenas memórias” e vivências na quebrada foram se tornando mais intrigantes. Ambos são de Itaquera, e mesmo com idades diferentes eles perceberam diversos comportamentos e nuances característicos do bairro onde moram.

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Ao acompanhar uma exposição do Coletivo Overso, do qual Kaique faz parte, Raabe e Filipe se depararam com uma linguagem e narrativa similar a pesquisa que eles estavam fazendo, mesmo com Kaique morando em um bairro diferente do deles, mas ainda nas quebradas da Leste. A partir daí se deram vários encontros para produção de material, pinturas e conversas, além de alguns rolês para passar os resultados para os muros da ZL, por meio de Graffiti.

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O coletivo entende memória como acesso, e este acesso as narrativas da quebrada precisam urgentemente ser criadas pela própria quebrada. Entre-Linhas é uma das várias iniciativas que coletivos da quebrada estão dando para tornar esse registro cada vez mais real e verdadeiro.